SOU um curioso, um estudioso da nossa língua. Por isso a observo e a estudo de maneira informal, observando aqui e pesquisando ali. Desde cedo foi assim, assim que aprendi as primeiras letras e formava as palavras iniciais juntando as sílabas: si-la-bas.
Depois ficava a matutar sobre as novas descobertas. Em todos os lugares. Até sobre o vaso e sob o chuveiro.
Que maravilha! A mágica do saber!
Minha vida era olhar para o alto onde estavam penduradas as placas e pintadas palavras. Uma vez isso me fez mal.
Uma placa de lanchonete indicava os produtos e um deles era um sanduíche, pão, queijo e presunto. Estava lá indicado: Mixto. E foi por isso que errei uma questão numa prova de admissão ao colegial. Sim, naquele tempo não havia vagas no atual ensino médio para todos.
Ainda assim passei. Mas um conselho: não confie em placas!
Maldita placa. Bendita placa!
Pois bem. Errada a questão, nunca mais confiei novamente no que dizem as placas. Tendo dúvida, vou ao dicionário. Não contente, constato a origem do vocábulo, de onde vem, qual o cognato…